CRÔNICAS: Tributo a Sérgio Mendes - Lino Tavares
São Paulo - SP, sábado, 7 de setembro de 2024
Lino Tavares
O Brasil pranteou, sexta-feira, 06/09/24, a perda de Sérgio Mendes, um de seus maiores expoentes musicais, internacionalmente conhecido, através de uma brilhante carreira, alavancada nos Estados Unidos, onde se destacou, colocando a música brasileira na vitrine da fama mundial. Ele faleceu aos 83 anos, em Los Angeles. Sua polivalência artística transformou em pérolas musicais composições brasileiras dos gêneros MPB, Pop e Bossa Nova. Nasceu em Niterói, no dia 11 de fevereiro de 1941. Após sua iniciação musical no Brasil, tornando-se pianista e musicista de primeira grandeza, migrou para os Estados Unidos, país em que figurou como uma espécie de embaixador de nossa arte musical. Reconhecido no exterior por seu extraordinário talento, Sérgio Mendes foi premiado com o Grammy e o Grammy da Música Latina, tornando-se recordista brasileiro de ingressos na Billboard Hot 100. Começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco Dance Moderno em 1961. Gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar no Carnegie Hall. Mudou-se para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de Brasil '64, com a Capitol Records e a Atlantic Records. "Mas que nada", autoria de Jorge Benjor, foi adotada por Sérgio Mendes, tornando-se seu maior sucesso, regravada pelo músico em 1966, ganhando versões de nomes como Ella Fitzgerald, Al Jarreau e Trini Lopez.
Não se pode dizer que Sérgio Mendes tenha sido o maior cantor e compositor brasileiro, mas é correto afirmar que ele foi o maior divulgador de nossa produção musical no exterior, deixando-nos como legado o exemplo maior de um músico completo em que se manifestaram simultaneamente a figura do instrumentista, compositor, intérprete e divulgador musical de primeira grandeza.
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