ARTIGOS: Tributo à Estrela Gal Costa - Por Lino Tavares

                       Nova York, USA, quarta-feira, 9 de novembro de 2022
  
  Tributo à Estrela Gal Costa                                                     Por Lino Tavares                                                                                                                                                                           Todos que "aterrissam" na superfície do pequeno Planeta Terra  trazem consigo "passaporte carimbado" de entrada e de saída. Ninguém chega aqui para ficar eternamente. Contudo, jamais nos acostumamos com isso e sempre haveremos de chorar a perda de nossos entes queridos, que não são apenas os nossos familiares que partem, mas  também os amigos e os ídolos na hora da derradeira despedida. Hoje é o dia de chorar a partida da grande cantora Gal Costa, que nos deixou aos 77 anos, neste 9 de novembro de 2022.
     Maria da Graça Costa Penna Burgos (seu nome completo) nasceu em São Paulo, capital, mas artisticamente era considerada uma cantora baiana, haja vista ter despontado como intérprete musical no teatro Vila Velha, em Salvador, no ano de 1964,  ao lado de consagrados artistas baianos como Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil.  A partir de então, a menina de voz suave e afinada que ingressava no estrelato da MPB passou a brilhar intensamente, alcançando o patamar mais alto das estrelas nacionais de primeira grandeza. Descrever aqui sua vasta trajetória de sucessos, marcada no tempo por uma exitosa carreira de quase seis décadas, seria desvirtuar o sentido dessa matéria que tem como objetivo homenageá-la neste ensejo de pesar e não reportar-se na plenitude sobre sua gigantesca biografia  de cantora. Por isso, sintetizo essa deferência, dizendo que o Brasil acaba de perder, na figura ímpar de Gal Costa, uma de seus maiores expoentes do disco, dos palcos, dos musicais de televisão e dos grandes festivais dos anos de ouro da música brasileira. 
       Gal Costa sempre se revelou uma pessoa simples e cordial, sem jamais invocar a enorme fama de que era possuidora, para distanciar-se dos que a admiravam, a aplaudiam e dela se aproximavam para declinar apreço e admiração por sua postura artística e essencialmente humana no trato com seus semelhantes. Nunca esqueci de um show da Gal, em Porto Alegre, quando, ao lhe pedir um autógrafo, ela me concedeu de imediato e depois quis saber quem eu era e o que eu fazia, revelando interesse pela vida do anônimo que tinha diante de si, algo que costumava fazer com todos os fãs que contatavam com ela. A foto que ilustra este artigo demonstra essa virtude da cantora, ao lado do meu filho Dimitre Lucho, cineasta radicado na cidade de São Paulo.


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