ENTREVISTAS: Atriz Vera Bonilha - Brasil - Edição Lino Tavares
Noval York, USA, segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
Identificada artisticamente como Vera Bonilha. Nasceu em São Paulo, capital, no dia 3 de agosto de 1972, sendo portanto do signo de Leão. É filha única, mas se define possuidora de três irmãos imaginários (Sérgio Lúcia e Paulinho) que a acompanharam até a adolescência, ou seu ingresso nas artes cênicas.
Na TV seus trabalhos mais recentes foram a Novela “As Aventuras de Poliana”(SBT–2019), a série “Onde mora meu Coração” (TV Globo – 2019) e o Programa“The Love School” (TV Record-2018). No cinema atuou nos filmes;“Garoto Cósmico”(2007), “Quanto Vale ou é por Quilo” (2005) ,“Jogo Subterrâneo” (2004), alguns Curta-Metragens como “Selvagem” ( 2012) e foi assistente de Fátima Toledo no Longa-Metragem “Central do Brasil”, de Walter Sallesem – 1996. Vera Bonilha fez parte do Programa de Leitores Voluntário da Fuação Dorina Nowill na leitura domiciliar de áudio livros de 2009 a 2017.(www.fundacaodorina.org. br) .
A entrevistada da Série Personalidades é a atriz, locutora e dubladora Vera Barros Bonilha
Identificada artisticamente como Vera Bonilha. Nasceu em São Paulo, capital, no dia 3 de agosto de 1972, sendo portanto do signo de Leão. É filha única, mas se define possuidora de três irmãos imaginários (Sérgio Lúcia e Paulinho) que a acompanharam até a adolescência, ou seu ingresso nas artes cênicas.
Formação Artística
Vera é Bacharel em Cinema pela FAAP
(Fundação Armando Álvares
Penteado/SP). É atriz formada pelo
CPT (Centro de Pesquisas
Teatrais), Estúdio Fátima Toledo, Teatro-
Escola Célia Helena e Curso
de Formação de Atores do TUCA/PUC/SP.
Possui também a
formação de Locutora profissional, desde
2008 pelo Senac, e
dubladora, desde 2016 pela Dubrasil.
(Fundação Armando Álvares
Penteado/SP). É atriz formada pelo
CPT (Centro de Pesquisas
Teatrais), Estúdio Fátima Toledo, Teatro-
Escola Célia Helena e Curso
de Formação de Atores do TUCA/PUC/SP.
Possui também a
formação de Locutora profissional, desde
2008 pelo Senac, e
dubladora, desde 2016 pela Dubrasil.
Trajetória Artística
Sua trajetória é majoritariamente marcada pelo Teatro. Fez parte durante 11 anos da Cia. Bendita Trupe, além de ter trabalhado com diretores como Antunes Filho, Naum Alves de Souza, Rubens Rusche, Jairo Mattos, Jurij Alshitz (European Association for Theater Culture-EATC/AKT-ZENT), entre outros. Ela é Co-fundadora da Cia. Teatro do Tempo, onde estreou a peça “As Cegas” em 2011, e realiza performances, leituras e pesquisa de linguagens. Integra há 4 anos o “Grupo Celso Antunes”, grupo de estudos e pesquisa em atuação para Cinema e TV.
Realizações e Participações
Seu mais recente trabalho no teatro foi a peça“Desigual”, dirigida por Jairo Mattosem – 2018, atualmente em temporada pelo interior Paulista. Em 2016 estreou“O nome disso é Abuso”, espetáculo de Verbatim dirigido por Herbert Bianchi; em 2013 “O Casamento”, adaptação do romance de Nelson Rodrigues dirigido por Johana Albuquerque (indicado a Melhor Espetáculo de Comédia pelo Prêmio Qualidade Brasil); e “Crepúsculo-Três Peças de Samuel Beckett” dirigido por Rubens Ruscheem – 2007 (Vencedor do Grande Prêmio da Crítica APCA). : “O Casamento” (2013), “Espiral do Tempo” (2009), “O Tesouro de Balacobaco” (2007). Nos 11 anos que esteve com a Cia. Bendita Trupe atuou nos seguintes espetáculos: Vencedor dos prêmios APCA, FEMSA, GUIA DA FOLHA e indicada a Melhor Atriz), “A Estrada” (2006), “Miserê Bandalha” (2006), “Assembléia dos Bichos” (2005 -Vencedor dos Prêmios APCA e cinco Prêmios Coca-Cola FEMSA), e “Os Collegas” (2003).
Cinema e Televisão
Na TV seus trabalhos mais recentes foram a Novela “As Aventuras de Poliana”(SBT–2019), a série “Onde mora meu Coração” (TV Globo – 2019) e o Programa“The Love School” (TV Record-2018). No cinema atuou nos filmes;“Garoto Cósmico”(2007), “Quanto Vale ou é por Quilo” (2005) ,“Jogo Subterrâneo” (2004), alguns Curta-Metragens como “Selvagem” ( 2012) e foi assistente de Fátima Toledo no Longa-Metragem “Central do Brasil”, de Walter Sallesem – 1996. Vera Bonilha fez parte do Programa de Leitores Voluntário da Fuação Dorina Nowill na leitura domiciliar de áudio livros de 2009 a 2017.(www.fundacaodorina.org.
Vera Bonilha responde
Sua vocação de atriz vem de berço ou aconteceu por acaso?
R: Na verdade nunca pensei em ser atriz quando criança, sempre fui uma criança tímida e introvertida, não era de falar muito e tampouco era aquela criança engraçada da família. Como filha única vivia no meu mundo, um mundo paralelo, com irmãos imaginários. Mas a realização do meu mundo na verdade era em cima de um cavalo. Apesar de ser paulistana, passava a maior parte das férias no interior de São Paulo, especialmente no Sítio de uma amiga em Patrocínio Paulista. Eu amava andar a cavalo e se pudesse comia e dormia em cima de um! Então quando eu vislumbrava um futuro eu me imaginava no campo. E a cavalo !
A partir de que idade você se deu conta de que queria ser atriz?
R: Teve umas férias de Julho que eu não viajei, eu tinha em torno de 17 anos, então minha amiga Juliana me convidou para fazer com ela um “curso livre de teatro de férias” no Teatro TUCA. Eu a princípio não topei, mas depois de ficar sozinha em casa duas semanas resolvi ir assistir uma aula. Chegando lá, o professor não me deixou ficar sentadinha na plateia e disse que eu deveria ficar no palco com todo mundo. Só te digo uma coisa; a sensação que tenho é que nunca mais desci daquele palco.
Como seus pais receberam a informação de que você tinha optado pela carreira de atriz?
R: Como eu fazia muitos esportes, fiz vôlei, tênis, natação, ballet, basquete, atletismo, equitação, eles achavam que era mais uma moda e que logo eu desistiria. Mas não desisti….A verdade é que nunca teve um momento que optei pela carreira, o teatro foi entrando na minha vida e eu nunca mais parei, é como se fosse constituinte de mim, da minha personalidade, de quem eu sou, não consigo separar a minha vida de uma “carreira de atriz”, eu sinto como uma “jornada de vida”, sabe! Então sempre costumo dizer; “na minha trajetória….”
Você teve alguma ‘musa inspiradora” no início da carreira de atriz?
R: Tive e tenho. Musas e “musos”, sempre! São artistas que me tocam e me inspiram, mas não necessariamente atrizes. Tem a Cia dos Atores (Cia de teatro do Rio que sempre foi uma referência para mim), tem a Coreógrafa Pina Bausch, a diretora Ariane Mnouchkine, o ator Daniel Day-Lewis, a pianista Guiomar Novaes (minha tia-bisavó), a atriz Cate Blanchett, Marília Pera, e tantos outros…
Que gênero lhe atrai mais na arte de representar, cinema, teatro ou televisão?
R: Bom, o teatro é minha segunda casa, me sinto muito bem ali, mas tenho uma queda incorrigível, um fascínio pelo áudio visual, especialmente o cinema. Eu gostaria de fazer muito mais do que faço.
Você tem preferência por algum tipo de papel (mocinha, vilã, etc.) ou encara todos eles de maneira igual?
R: Encaro todos como um desafio em tornar o mais humano, verossímil e facetado possível, mas… as vilãs… ahhhh, as vilãs são especiais!
O que você considera mais trabalhoso ensaiar o texto ou interpretá-lo?
R: Olha, sou ruim pra decorar texto, mas o mais desafiador mesmo é manter o personagem vivo e fresco durante uma temporada.
Qual foi o personagem mais marcante que viveu e sua carreira?
R: É engraçado dizer isso, mas o mais marcante para mim foi uma voz do texto “Passos” de Samuel Beckett. Embora eu não aparecesse, eu ficava o tempo todo no palco, porém escondida na luz e embaixo de um figurino todo preto (inclusive no rosto). Foi marcante porque teve uma preparação muito diferente. A direção era do Rubens Rusche, um ótimo diretor mas muito singular. Eu cheguei num lugar que certamente jamais teria conseguido sozinha, foi um trabalho lento e muito bonito de ir tateando, descobrindo aquele personagem, aquela voz. A peça “CREPÚSCULO – Três Peças curtas de Samuel Beckett” ficou em cartaz no CCSP em 2007 e ganhou Melhor Espetáculo pelo Grande Prêmio da associação Paulista dos Críticos de Arte – APCA.
Como você vê a dramaturgia brasileira em comparação com a de outros países?
R: Acho que tem muita gente legal surgindo. Aqui eu São Paulo eu ouço muito falar dos cursos da SP Escola de Teatro e do Sesi que revela muita gente talentosa. Mas não sei comparar, gosto de autor que tem questão, que conta histórias humanas, independente de língua, gênero, temática. Como atriz, espectadora, leitora eu quero me reconhecer ali, ou pelo menos reconhecer que aquilo é humano, genuíno, de verdade, sabe!
Qual foi o momento mais marcante em seu trabalho de atriz?
R: Foi quando fui para Itália fazer um trabalho com um diretor russo chamado Jurij Alschitz. Trabalhamos um conto curto de Anton Tchekhov com atores de outras partes do mundo num castelo, numa pequenina cidade do norte da Itália, San Vito al Tagliamento. Foi mágico, um divisor de águas na minha trajetória.
Você já participou de algum evento artístico incentivado pela antiga Lei Rouanet?
R: Sim, fiz a peça “O Casamento” em 2013 no Teatro TUCA/SP. Tenho um carinho enorme por esse teatro pois foi onde pisei num palco pela primeira vez. A peça era uma adaptação do romance homônimo de Nelson Rodrigues e uniu duas Companhias tradicionais de São Paulo, a Bendita Trupe (que fiz parte 12 anos) e o Teatro Promíscuo, do Renato Borghi.
Além de atriz, você possui alguma outra vocação artística?
R: Sou Locutora profissional e mais recentemente, desde 2016 ingressei na Dublagem e Localização de games. Técnicas diferentes, mas um complementa os outros e todos exigem muita entrega e verdade. Além de me arrancarem da zona de conforto….rs
As pessoas públicas, como sabemos, são alvo de “diz que me disse”, tanto na mídia como nas redes sociais. Como você lida com esse tipo de coisa?
R: Bem, eu não sou uma pessoa pública. Estou mais para uma trabalhadora anônima da arte. No entanto, nas vezes que fui reconhecida, sempre fui tratada com muito carinho.
No seu ponto de vista, o que é mais gratificante para um ator, dirigir ou representar?
R: Eu não dirijo, então…atuar. Amo atuar!
O cinema brasileiro nunca ganhou um Oscar. Classifica isso como uma injustiça ou falta de amadurecimento de nosso cinema?
R: Embora o Oscar seja uma referência mundial, é um prêmio de outro país, então premia “majoritariamente” produções nacionais ou de língua inglesa. Embora tenha uma categoria nos “Filmes Estrangeiros”, concorremos com todo o resto do mundo, o que pode não ser necessariamente injusto mas muito mais acirrado. De qualquer maneira temos ótimos prêmios/festivais aqui como o Festival de Cinema de Brasília, Gramado. É tudo Verdade, Festival Internacional do Rio, Anima Mundi….
Quem imita quem. A arte imita a vida ou a vida imita a arte?
R: Um se alimenta e se espelha no outro.
Você é contra ou a favor da legalização da maconha?
R: Sou a favor da legalização, mas não do uso indiscriminado. Não acho a maconha inofensiva. Tenho muitos amigos que tiveram sérios problemas e não acho que é para qualquer um.
Existe algum fato curioso de sua carreira que você gostaria de destacar aqui?
R: Quando comecei profissionalmente, adotei o nome “Vera Villela” (homenageando uma tia que sempre admirei) e o usei durante 14 anos. Em 2010, porém, a necessária e imprescindível busca de singularidade, me fez passar a assinar Vera Bonilha, meu nome de batismo.
Bate-Bola com Vera Bonilha:
Amigo para sempre? Guilherme Kwasinski (Guilhermoso)
Doce lembrança? Aterrissar em Paris e ver um monte de coelhos correndo pelos canteiros, e depois a entrada na cidade luz!
Eternamente grat? Jurij Alschitz
Momento inesquecível? A morte da minha mãe
Gostaria de esquecer? Que sou a Vera quando estou em cena.
Sonho realizado? Conhecer Paris
Sonho a realizar? Morar na praia
Decepção? Dos amigos foram sempre as piores.
Surpresa boa? Amadurecer
Superstição? Langerie vermelha na estréia
Deus? Sempre
Religião? o Amor
Cor preferida? Atualmente Amarelo
Número de sorte? 3 e 9
Livro? Autobiografia de um Yogue (Yogananda)
Filme? O Corcel negro (meu filme de infância)
Prato preferido? SteakauPoivre com batata gratinada seguido de Sunday de chocolate com cobertura de chocolate e farofa.
Principal Hobby? Tomar café com amigos
Time do coração? Seleção canarinho
Personagem nacional? Dora (do filme “Central do Brasil” de Walter salles Jr.)
Personagem Internacional? Winnie (da peça “Dias Felizes” de Samuel Beckett), Myrtle Gordon (do filme “Noite de Estréia” de J. Cassavetes) e Lucille Ball.
Cantor? Ney Matogrosso e Cazuza
Cantora? Nina Simone
Quem é Vera Bonilha? Uma pessoa em busca de conexões e de evoluir sempre!
Projetos? Parar de procrastinar já vai ajudar muito! haha
Contatos e Redes Sociais
E-MAIL: bonilha.vera@hotmail.com
TWITTER: https://twitter.com/verabonilha
FACEBOOK: https://www.facebook.com/verabonilha
SITE: www.verabonilha.com
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(Exercício Cênico)
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